O documento apresentado pela Agência para a Integração, Migrações e Asilo, I.P. (AIMA), delineia o Plano Estratégico para Aprendizagem do Português como Língua Estrangeira por eixos de atuação (eixo 1 a 5 subdivididos em medidas e atividades). Considero o documento bem organizado e estruturado e revelador de preocupação no que concerne à integração dos alunos migrantes no nosso país.
Será benéfico começar por incentivar os alunos para a aprendizagem da língua no seu processo de integração, para mais fácil e rapidamente viverem o quotidiano e em sociedade sem constrangimentos. Dominando a língua sentir-se-ão mais acolhidos e integrados na comunidade. Quando os migrantes não dominam a língua tendem a fechar-se e por vezes, a inclusão é muito mais difícil.
O plano está delineado para acolher e integrar, pensando na diferença, no entanto, o envolvimento do cidadão é necessário para tornar o processo mais simples.
Em termos gerais o plano passa por:
- Motivar/ incentivar todos os alunos que chegam ao nosso país a frequentarem cursos e outros, mostrando-lhes a importância e necessidade de aprenderem a nossa língua para mais facilmente se integrarem e poderem viver no meio social.
- Oferecer/facilitar o acesso às formações e cursos, disponibilizando mais profissionais, mais oferta formativa e melhor acesso ajustando a oferta formativa às necessidades dos aprendentes. Criar e ofertar ferramentas e plataformas digitais passando pelo ensino e motivação para o seu uso. As ferramentas ajudam e auxiliam de forma mais rápida e eficaz o aprendente. Os cursos online e ferramentas digitais são necessários, estão mais acessíveis (embora com algumas reservas) e abrangem um maior número de pessoas.
- Certificar /reorientar certificar as competências dos aprendentes e reorientá-los mediante as aprendizagens já feitas para novos percursos e novas ofertas adequadas a cada caso.
Em suma, este plano não será fácil de aplicar, pela exigência de elevada quantidade de profissionais certificados que envolverá, entidades, espaços físicos e outros, que, por vezes não existem. Gerir todo este processo requer muito trabalho, disponibilidade e adaptação.
A viabilidade do plano depende dum conjunto de fatores externos ao cidadão que se dispõe a aprender a língua e dessa forma pode não cumprir os objetivos a que se propõe.