"Inclusão de alunos migrantes em meio educativo" é sinónimo de mudança. A primeira mudança é a do aluno que está fora da sua zona do conforto e que traz consigo uma bagagem bem pesada e necessita de encontrar o seu bem-estar.
Em simultâneo, há uma mudança primordial, a do paradigma educacional: a escola tem de se apresentar mais do que nunca como o ponto de partida para a diversidade, mas a diversidade eficaz assente em valores consistentes que valorizam a especificidade de todos os elementos da comunidade educativa, assim como a aprendizagem.
Mudança, na maioria das vezes, está inerente a um processo árduo e contínuo que requer flexibilidade, abertura, preparação e união. Para esta mudança ser perfeita e permitir uma verdadeira inclusão dos alunos migrantes, garantindo os princípios preconizados pela Convenção dos Direitos da Criança, tem de ser feita o mais precocemente possível, ser de conhecimento geral e contar com o contributo de cada um, tem de acolher: o aluno, a família, a cultura, as vivências, a língua e ser abrangente, fomentando a mobilização da comunidade.
Tal como os demais desafios, a mudança gera receio por não nos sentirmos preparados, por termos de alterar dinâmicas por não usarmos a nossa língua materna e neste sentido, toda a literatura deve ser fortemente difundida, todas as formações devem ser divulgadas, todas as experiências devem ser partilhadas para podermos ser agentes ativos e ajudarmos na mudança.
A mudança começa em cada um de nós a lermos e a aplicarmos o documento "Inclusão de alunos migrantes em meio educativo"